Tuesday, March 20, 2007

Avarias

Que bom que é estar em casa sem fazer nada, depois de fazer três noites seguidas, completamente sozinho, exceptuando a ultima noite, que tive a companhia do marroquino do bar de nome Nabil. Se as duas primeiras noites foram calmas e tranquilas, a ultima foi a festa da avaria. Isto porque se avariou a máquina de fazer as chaves, o computador para fazer a cópia de segurança estava meio pró avariado, as máquinas da cozinha necessárias para o pequeno almoço também se avariaram, um ecrã de um dos computadores da recepção também se avariou, só eu é que tive que manter o sangue frio para não avariar tamém perante tanta avaria. Depois de tanta merda de avaria, quase á hora de sair do turno, veio-me um velho chatear a cabeça, porque o comando da televisão também se tinha avariado. Férias, precisam-se urgentemente...

Thursday, March 15, 2007

Cuidado com os trocos

Isto de aturar gente maluca é pior que o ai jesus. Hoje chegou um cliente á recepção para pagar o Parking. Deu-me uma nota de 50 euros para pagar 7,20. Perguntei-lh se ele não tinha mais pequeno ao que ele me responde que não. Como só tinha notas de 5 euros e moedas dei-lhe o troco disponivel. O homem ao ver tanta moeda passa-se da cabeça e começa a berrar dizer que eu estou a gozar com ele. Eu fico especado a fitar a figura triste que o homem está a fazer por causa de uma coisa estupida. Aconselho-o a acalmar-se porque pronto, se estava a passar por uma coisa sem jeito nenhum. Ameaça com fazer queixa e de nunca mais voltar ao hotel. Prontos, está bem, desde que pague o Parking, penso para mim mesmo. Lá cobro os 7,20 ao menino com o cartão para vêr se ele não chora. Será que estava com o periodo? È com este tipo de energumenos que temos que lidar todos os dias...

Wednesday, March 14, 2007

Big City Life




Hoje decidi, que em vez de ficar em casa, o melhor mesmo era ir dar uma volta até Madrid Downtown. Sai de casa para panhar o autocarro e fiquei um quarto de hora á espera. Para chegar á praça da torre inclinada demorei mais de uma hora num autocarro apinhado de gente por todos os lados. Cheguei á praça já eram sete e meia da tarde. Como tinha combinado jantar em casa de um amigo ás oito, decidi que o melhor era dirigir-me directamente para lá, pois tinha perdido o dia no autocarro. Quanto a Madrid Downtown, fica para outro dia

Monday, March 12, 2007

Nervos...

Mais um fim de semana que em boa verdade não o foi, pois foi passado a trabalhar. Durante estes ultimos dias os meus nervos têm estado em franja e tenho que me acalmar a mim próprio várias vezes, para não explodir e desatar aos tiros na recepção aos colegas de trabalho e clientes. Isto é um claro sinal que não vou aguentar isto por muito mais tempo. Bem, a ver se aguento até ás férias, depois posso pensar e descansar, que é claramente aquilo que eu preciso. Fiz também de maleteiro para um grupo de chineses. Não ganho paciência nem paz de espirito, mas sempre são uns cobres a mais que se ganham...

Friday, March 09, 2007

O mundo em quinhentos metros quadrados

A actividade deste blog anda em baixo. Como já disse anteriormente, o hotel funciona como um aspirador da minha alma, sugando-me na integra uma das minhas grandes paixões. A escrita. E que dizer destes ultimos dias na Tortilhalândia? Pois além de um trabalho infernal de todos os dias, pouco ou nada. Chego a casa por volta das duas e meia da manhã e ponho-me a ver a primeira temporada completa da série 24. Como só me faltam alguns episódios tenho que arranjar outra coisa para vêr. Durante esta semana o hotel esteve pejado de ilustres convidados africanos. Ministros e mulheres do ministros de paises tão exóticos como o Uganda ou mesmo a Suazilândia, infernizaram-nos a vida com os seus pedidos constantes de auxilio para coisas tão simples, como mudar de canal com um comando á distância, ou ligar e desligar o ar condicionado. De facto estes convidados tinham duvidas para tudo e mais alguma coisa, e não tinham pejo de chegar ao balcão e pedir-nos alguma coisa, mesmo que tivessemos a atender outras pessoas. Hoje, felizmente foram-se quase todos embora, mas outra etnia veio ocupar-lhes o lugar. Os indianos espanhóis fizeram o jantar da comunidade hindu no nosso hotel e claro, contrataram uma banda que se pôs a tocar as musicas lá do sitio. Durante o meu tempo de turno os meus timpanos foram fustigados com a voz de um tipo que devia ser o equivalente ao Zé Cabra Hindu. Como devem calcular, não foi uma coisa muito agradável de aguentar...Além dos duzentos Abus que lá estavam, mas esses estavam, pronto, estavam abafados pelo Zé Cabra. Ah!!Amanhã vem um grupo de chineses.

Saturday, February 24, 2007

Seguraças de nome David e aventuras e desventuras por causa de um tubo de escape

Há dias na vida de uma pessoa que mais parecem filmes do David Lynch ou do Tim Burton de tão bizarros que se põem. Quinta-feira foi um desses dias. Tudo começou quando me levantei, e deparei que no quarto em frente havia um novo inquilino sem que ninguem me tivesse dito nada. Passados alguns dias essa nova personagem ainda permanece um mistério para mim. Antes de entrar ao serviço, queria levantar dinheiro, mas, azar dos azares, o multibanco não estava a funcionar, por motivos de manutenção. O dia no hotel, foi em tudo semelhante a uma avalanche, só que em vez de ser de neve, era de pessoas. A juntar ao facto de ser um dia especialmente trabalhoso, a minha companheira de turno adoeceu misteriosamente,sendo que, no dia anterior, gozava de uma tremenda saude, deixando sobre as minhas costas o pesado fardo de arcar com a avalanche. Cerca das onzes horas da noite, o novo segurança chegou para têr formação com o que lá está agora. Chama-se David, o mesmo nome do outro, que este vinha substituir, levando-me a pensar que deve haver uma qualquer correlação entre este nome e o tipo de profissão que exercem.
Saturado até á ponta dos cabelos com a carga maldita de trabalho que sobrou para mim nesse dia, peguei no carro, confortado com a ideia de que iria a Portugal passar quatro dias de descanso. Mas não foi bem assim. Mal transponho a saida do parque subterrâneo do hotel, um barulho do metal a arrastar sobre o solo, fez-me parar o carro. O tubo de escape tinha-se soltado da chapa e arrastava-se agora alegremente sobre o solo, enquanto eu abanava incrédulo a cabeça. Voltei ao hotel para pedir auxilio, visto que a mecânica de automóveis aliada á irritação suprema que me acossava todos os poros do meu corpo, me impediam de têr um discernimento que se possa dizer minimo para a resolução de tão insólito imbróglio. O que me valeu, foi o meu camarada Ricardo possuir uma dose grande de desenrascanço e sangue frio. Com dois cordeis de plástico e uma lanterna, segurou-me o tubo de escape á chapa e pude ir desmoêr toda a minha frustração até Sanchinarro. Dormitei três horas, ansioso para resolver o problema do tubo de escape. Cerca das nove e um quarto da manhã dirigi-me ao Corte Inglês mais próximo, só que deparei-me com um cenário que não queria encontrar. Tudo estava fechado. Andei ás voltas mais uns minutos até o malfadado templo consumista abrir. Ai dirigi-me á oficina, onde um individuo com umas luvas de latex e demasiado limpo para ser mecânico, me disse que ali nada podiam fazer, que me enfiasse dentro de Madrid e procurasse algo. E ai fui eu. Chegado á Plaza Castilla, vislumbrei a luz. Uma casa especializada em tubo de escapes. Milagre, milagre, pensei eu. Estacionei o veiculo e pus o mecânico a para da situação. Ele torceu o nariz e disse-me que nada podia fazer e que nunca tinha visto nada assim. Devo dizer a meu favor, que encaixei mais aquele revés com bastante elegância. Resignado, dirigi-me a casa a pensar numa fuga de toda aquela embrulhada. Estacionei o carro, abri a mala e verifiquei que havia um cordel. Tomei a arriscada decisão da fuga para a frente, ou seja, ir assim até Portugal e se o escape me caisse pelo caminho ataria-o outra vez com o cordel. Sorte, condução cuidadosa, ou outra coisa qualquer, o que é verdade é que o escape lá se aguentou quinhentos quilómetros atado com dois cordeis de plástico....

Thursday, February 15, 2007

Vira o disco e toca a mesma...merda

Dois dias de folga, vou aproveitar para fazer...nenhum. O raio do hotel está-me a sugar todos os vestigios de vida que tenho dentro de mim. Vamos lá ver quanto tempo é que eu vou aguentar mais isto. Há uns dias o Chefe da Recepção foi despedido e agora quem manda nas coisas são as três segundas chefes, uma delas que eu odeio de todo o meu coração. Só de olhar para a cara dela dá-me vómitos...Como prémio para todas estas transformações, aumentaram-nos ainda mais as tarefas e as cargas de trabalho, aumentando assim as horas extras, das quais, claro, não vemos um tusto. O Fisco espanhol decidiu começar a cobrar-me como deve ser, ceifando-me agora treze por cento do meu ordenado.
Cá por casa, a Argentina e o Americano deram o cava e estão neste momento a fazer um tour pela Europa ( Quem pode, pode!!!), e o nosso novo companheiro de apartamento é um maricas empedernido.
E com isto tudo já cá estou há quatro meses e meio. Ao menos o tempo vai passando depressa e daqui a uma semana vou fazer uma visita á terra.

 
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